notável civilização das regiões ribeirinhas do atlântico europeu, o Megalitismo foi uma civilização do Mar. desenvolveu-se na faixa atlântica peninsular ocidental, correspondendo com bastante exatidão à faixa de distribuição dos falares galego-portugueses, e também na Bretanha francesa, na Irlanda e no Sudoeste da Inglaterra.
sem vestígios de um sistema de transmissão escrita das suas bases conceptuais, podemos ver, no entanto, pelos restos descarnados dos seus singulares monumentos, uma conceção do mundo profundamente bipolar. à aparente soturnidade uterina das antas, que tem levado até a confundi-las com monumentos funerários, contrapõe-se o ar festivo e descaradamente erótico dos menires e cromeleques.
está no cerne das lendas de Compostela e de outros santuários de "finisterrae", como Locmariaquer (Fr.) e Stonehenge (Ing.)
os topónimos que se referem aos vestígios físicos dessa civilização atlântida são eles mesmos vestígios arqueológicos de uma poderosa resistência ao passo dos milénios, já que muitos sobreviveram à própria destruição dos monumentos a que dizem respeito. "Antas" e "Perafitas" perpetuam, em muitos casos, a memória de vestígios megalíticos desaparecidos na voragem do tempo ou pela destruição conduzida por civilizações menores que lhe sucederam. mas não nos devemos precipitar. estes nomes, ou topónimos, são interpretações ou apenas descrições que povos e línguas muito posteriores fizeram desses vestígios. consequentemente, ao chamarmos "anta", "arca", "mesa", "mamoa", "mámoa", "pedra erecta" ("perafita", "pedrafita"), "redondo", "redonda", e assim por diante, descrevemos vagamente a sua forma ou distribuição no lugar sem acrescentarmos nada sobre a sua função. no entanto, o conjunto de lendas que persistem à sua volta, o esforço inimaginável que a sua construção aparentemente tosca representou e a cristianização superficial que sofreram na época de S. Martinho e seus discípulos apontam, de forma insofismável, para uma função religiosa de hierarquia superior. quero dizer: uma forma muito elaborada de humanização do mistério da vida
Almodôvar - topónimo árabe que significa "O Redondo". ver "Redondo"
Anta (Pt. e Gz.) -
Anta do Gago -
Antas -
Antela (Pt. e Gz.) - diminutivo de Anta
Antes -
Arca -
Arcã -
Arcacha
Arcela - diminutivo de Arca
Arcelas -
Casa de Mouros -
Casarota -
Casota -
Castro Modorrão -
Fornela -
Forno dos Mouros -
Madorna -
Madorno -
Madorra (Pt. e Gz.) -
Madorras (Gz.) -
Madorro -
Mamarrosa
Mámoa (Gz.) -
Mamôa -
Mamodeiro
Mamoela (Pt. e Gz.) - diminutivo de Mamoa"
Mamola -
Meda -
Meda de Mouros -
Medas -
Medela (Pt. e Gz.) -
Medelinha -
Medolas -
Medorra (Gz.) - ver "Madorra"
Mesa
Mesas (Pt. e Gz.)
Mesinha
Modorra (Pt. e Gz.) - ver "Madorra"
Modorrão -
Modorrões -
Modorrones (Gz.) -
Monte d'Arca -
Mota da Cabreira - "Mota" é o nome que se dá à mamoa na Serra de Laboreiro
Mota de Meda - ver "Mota da Cabreira"
Mota Grande - ver "Mota da Cabreira"
Orca -
Paredes d'Arca -
Pedra Chantada (Gz.) - o mesmo que "pedra plantada", "pedra erguida", "pe(d)rafita"
Pedrafita (Gz.) -
Perafita -
Redonda - existe no Alentejo a igreja de Nossa Senhora da Redonda. ver "Redondo"
Redondo - traduz a ideia de um recinto redondo, de natureza sagrada.
Ribeira d'Arcas -
Portela d'Arca -
S. Brissos - discípulo de S. Martinho de Tours, dá o nome a antigos locais megalíticos. a grafia correcta seria "S. Briços" (de Britius). ver aqui
S. Martinho - é um hagiónimo muito frequente em antigos locais megalíticos. S. Martinho de Tours é tido como o apóstolo do Megalitismo.
S. Paio d' Antas -
Celtibéria remete para este post. ver aqui
sem vestígios de um sistema de transmissão escrita das suas bases conceptuais, podemos ver, no entanto, pelos restos descarnados dos seus singulares monumentos, uma conceção do mundo profundamente bipolar. à aparente soturnidade uterina das antas, que tem levado até a confundi-las com monumentos funerários, contrapõe-se o ar festivo e descaradamente erótico dos menires e cromeleques.
está no cerne das lendas de Compostela e de outros santuários de "finisterrae", como Locmariaquer (Fr.) e Stonehenge (Ing.)
os topónimos que se referem aos vestígios físicos dessa civilização atlântida são eles mesmos vestígios arqueológicos de uma poderosa resistência ao passo dos milénios, já que muitos sobreviveram à própria destruição dos monumentos a que dizem respeito. "Antas" e "Perafitas" perpetuam, em muitos casos, a memória de vestígios megalíticos desaparecidos na voragem do tempo ou pela destruição conduzida por civilizações menores que lhe sucederam. mas não nos devemos precipitar. estes nomes, ou topónimos, são interpretações ou apenas descrições que povos e línguas muito posteriores fizeram desses vestígios. consequentemente, ao chamarmos "anta", "arca", "mesa", "mamoa", "mámoa", "pedra erecta" ("perafita", "pedrafita"), "redondo", "redonda", e assim por diante, descrevemos vagamente a sua forma ou distribuição no lugar sem acrescentarmos nada sobre a sua função. no entanto, o conjunto de lendas que persistem à sua volta, o esforço inimaginável que a sua construção aparentemente tosca representou e a cristianização superficial que sofreram na época de S. Martinho e seus discípulos apontam, de forma insofismável, para uma função religiosa de hierarquia superior. quero dizer: uma forma muito elaborada de humanização do mistério da vida
Almodôvar - topónimo árabe que significa "O Redondo". ver "Redondo"
Anta (Pt. e Gz.) -
Anta do Gago -
Antas -
Antela (Pt. e Gz.) - diminutivo de Anta
Antes -
Arca -
Arcã -
Arcacha
Arcela - diminutivo de Arca
Arcelas -
Casa de Mouros -
Casarota -
Casota -
Castro Modorrão -
Fornela -
Forno dos Mouros -
Madorna -
Madorno -
Madorra (Pt. e Gz.) -
Madorras (Gz.) -
Madorro -
Mamarrosa
Mámoa (Gz.) -
Mamôa -
Mamodeiro
Mamoela (Pt. e Gz.) - diminutivo de Mamoa"
Mamola -
Meda -
Meda de Mouros -
Medas -
Medela (Pt. e Gz.) -
Medelinha -
Medolas -
Medorra (Gz.) - ver "Madorra"
Mesa
Mesas (Pt. e Gz.)
Mesinha
Modorra (Pt. e Gz.) - ver "Madorra"
Modorrão -
Modorrões -
Modorrones (Gz.) -
Monte d'Arca -
Mota da Cabreira - "Mota" é o nome que se dá à mamoa na Serra de Laboreiro
Mota de Meda - ver "Mota da Cabreira"
Mota Grande - ver "Mota da Cabreira"
Orca -
Paredes d'Arca -
Pedra Chantada (Gz.) - o mesmo que "pedra plantada", "pedra erguida", "pe(d)rafita"
Pedrafita (Gz.) -
Perafita -
Redonda - existe no Alentejo a igreja de Nossa Senhora da Redonda. ver "Redondo"
Redondo - traduz a ideia de um recinto redondo, de natureza sagrada.
Ribeira d'Arcas -
Portela d'Arca -
S. Brissos - discípulo de S. Martinho de Tours, dá o nome a antigos locais megalíticos. a grafia correcta seria "S. Briços" (de Britius). ver aqui
S. Martinho - é um hagiónimo muito frequente em antigos locais megalíticos. S. Martinho de Tours é tido como o apóstolo do Megalitismo.
S. Paio d' Antas -
Celtibéria remete para este post. ver aqui